quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sou Paulista, mas não sou fascista !

Assim começa o comentário feito por Adilson, hoje, no blog Tijolaço.com, do Deputado Brizola Neto.

Apesar de dirigido a um grupelho de garotos mimados que se acreditam superiores a toda a outra parte da humanidade, acredito que sirva muito bem para esclarecer a real situação histórico-econômica do Estado de São Paulo. 

Reproduzo abaixo o texto altamente esclarecedor e que demonstra que não existe justificativa para a arrogância paulista.  Junto-me a ele e digo: sou Paulista, mas não sou fascista!

artigo Ovo da Serpente, com comentários, no tijolaço.com


Adilson:

" Sou Paulista, mas não sou fascista!

Esta corja de neo-fascistóides, caso não tivessem fugido do Mobral em tenra idade, saberiam que o desenvolvimento do estado e, principalmente da cidade de São Paulo, deve-se única e exclusivamente ao Período conhecido como República Velha, onde os Baronetes do Café açambarcaram o poder federal, após o golpe militar que derrubou a Monarquia.

Lembro-me que até 1879, ou seja, a 130 anos atrás, a cidade de São Paulo possuía inacreditáveis 15.000 habitantes e em alguns mapas nem mesmo aparecia, pois era apenas uma parada provisória para tropeiros que vinham de Sorocaba ou retornavam para lá, em direção ao Vale do Paraíba ou Santos, cidades MUITO mais importantes.

Os governantes da Velha Oligarquia cafeeira que tomaramo pder a partir de 1889, ou mais precisamente desde o governo Prudente de Morais, ENDIVIDARAM TODO O PAÍS, PARA DESENVOLVER SUAS PROPRIEDADES E FACILITAREM A SUA PRODUÇÃO CAFEEIRA, através de empréstimos triliardários junto aos Rothschild's, Lloyds e demais banqueiros ingleses a juros absolutamente escorchantes e pasmem, A GARANTIA DO PAGAMENTO ERAM AS ALFÂNDEGAS DE TODO O BRASIL.

Em resumo, a patranha era a seguinte: os Oligarcas presidentes da República Velha, construíram estradas de ferro, silos, armazéns e demais benfeitorias (TUDO EM SÃO PAULO) com dinheiro emprestado no exterior e mandaram a conta para todo o Brasil pagar.

Entre 1894 e 1930, foram roubados um total de aproximadamente 45 milhões de Libras Ouro (+ - USD 800 BILHÕES) emprestados juntos aos Banqueiros ingleses e americanos e deste total 94% FORAM DESTINADOS PARA S. PAULO.

O único estado ou cidade que abocanhou alguma migalha significativa deste montante foi a antiga capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, quando da administração Pereira Passos (1902 - 1906), na polêmica reestruturação da cidade denominada "Bota Abaixo", que apesar de toda a truculência praticada, saneou o Rio de Janeiro da varíola e da febre amarela, além de ter modernizado a cidade.

Para se ter uma ideia do descalabro do desvio de verbas de TODO O BRASIL PARA DESENVOLVER S. PAULO E OS BARÕES DO CAFÉ, estudem o chamado "Convênio de Taubaté", de 1906, considerado a Mãe de Todas as Maracutaias.

Como no início do século XX, a cotação internacional do café estava caindo vertiginosamente, provocada pela superprodução brasileira, a Oligarquia Paulista que detinha o poder, resolveu que iria manter ARTIFICIALMENTE OS PREÇOS NUM PATAMAR MUITO SUPERIOR AO INTERNACIONAL, para que os pobres Barões do Café não fossem prejudicados e nem fossem obrigados a se adequar ao deus mercado (Oferta e Procura e etc.).

Então tiveram uma ideia luminosa, ou seja, iriam fazer com que a diferença entre o preço da saca internacional (menor) fosse bancada POR TODA A POPULAÇÃO DO BRASIL.

Por este sacrossanto convênio, o governo federal se comprometia em comprar a saca do café a um preço muito superior à cotação internacional dos oligarcas, para posteriormente revendê-lo ao mercado mundial com prejuízos bilionários.  Como o erário público não possuía recursos para isto, os Varões de Plutarco Paulistas da República Velha contraíram um empréstimo junto a banqueiros ingleses no valor de 2 MILHÕES DE LIBRAS OURO (coisa pouca, algo em torno de 35 bilhões de Dólares nos dias atuais), para safarem sua onça.

Perguntinha: Quem pagou este empréstimo ?

Resposta: TODO O BRASIL, POIS AS ALFANDÊGAS DO RIO A MANAUS FORAM FIADORAS, OU SEJA, TODA A MERCADORIA QUE PASSASSE NESTES PORTOS (DEZENAS), TERIAM UMA TAXAÇÃO EXTRA PARA HONRAR O PAGAMENTO.

Desculpe-me por me estender, mas o que gostaria de demonstrar é que: o propalado desenvolvimentismo dos paulistas ou de sua elite, o lendário arrojo dos quatrocentões de S. Paulo é uma grossa mentira, pois a cidade de S. Paulo foi fundada em 1554, e após 325 anos (ano 1879) sua capital possuía minguados 15.000 habitantes, 1 hotel e nenhum banco, além de em muitos mapas nem mesmo ser mencionada.

Após a tomada do poder pela Oligarquia Paulista a partir de 1889 ou mais precisamente desde 1894, S. Paulo misteriosamente iniciou seu desenvolvimento espetacular, ao mesmo tempo que o restante do País empobrecia de forma mais espetacular ainda.

Se tornar desenvolvido economicamente graças a empréstimos biliardários que foram pagos por outros com sacrifícios inenarráveis é muito fácil e não representa mérito algum, muito pelo contrário, representa um parasitismo patológico histórico que precisa ser reparado.

Se durante 36 anso Todo o Dinheiro da Nação fosse enviado para o Amapá, e fossem tomados empréstimos de centenas de bilhões de dólares junto a bancos internacionais e estes recursos fossem enviados quase unicamente para este estado, em muito pouco tempo ele se tornaria desenvolvido, uma grande potência, e, então, os habitantes amapaenses diriam que "Nosso Arrojo construiu nosso desenvolvimento".

Elite Paulista e seus coliformes agregados, um conselho carinhoso: "DEVOLVAM O QUE VOCÊS ROUBARAM DO BRASIL !!" 


o grifo é meu.

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