quarta-feira, 18 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Para os bailarinos e as bailarinas do mundo

Um intervalo, um repouso, um alívio.

O que é bem desconfortável em ser doente mental não é ser doente mental.   Porque quando a gente recebe o diagnóstico médico, pronto, está selado seu destino: doente mental de tal ou qual patologia.

O que é bem desconfortável para mim, é ser maluca, louca, para além do diagnóstico.

Algumas pessoas, as que conseguem manter um comportamento mais adaptado, mais adequado,  se saem melhor na vida, com ou sem patologia.  Saudável ou não.  Tome medicação ou não.

Como trilha sonora a esta postagem eu poderia usar a música de Chico Buarque 'Até o fim' mas eu prefiro as músicas de 'O Grande Circo Místico', e vou postar, aí acima, para ficar longe dos senhores da guerra sanguinários, outra música.

Escrevi isso aqui para proteger as crianças.

Guerra ao Irã? Só mais uma, depois da outra e antes da próxima




A música do vídeo de uma das guerras (a do Iraque) é do Linkin Park, de Mike Shinoda e Chester Bennington.

                                  WHAT I'VE DONE
                                   O QUE EU FIZ


In this farewell
Nesta despedida

There's no blood
Não há sangue

There's no alibi
Não há alibi

'Cause I've drawn regret
Porque eu consegui elaborar o arrependimento

From the truth
Da verdade

Of a thousand lies
De mil mentiras

So let mercy come
Então, deixe a compaixão chegar

And wash away.
E limpar.



What I've done
O que eu fiz

I'll face myself
Eu vou ter que me encarar

To cross out what I've become
Para eliminar aquilo que eu me tornei

Erase myself
Apagar a mim mesmo

And let go of what I've done
E esquecer e deixar ir o que eu fiz.


Put to rest
Ponha para descansar  (versão livre,  porque eu não vou deixar esquecido)

What you thought of me
O que pensou de mim  (ainda penso, ainda penso...)

While I clean this slate
Enquanto eu limpo este registro,

With the hands
Com as mãos

Of uncertainty
Da incerteza 

So let the mercy come
Então, que a compaixão venha

And wash away
E lavar, limpar minha barra.



What I've done
O que eu fiz

I'll face myself   (sim, terão que encarar-se)
Vou me encarar

To cross out what I've become
Para eliminar o que eu me tornei  (tarefa que não foi até onde deveria)

Erase myself
Me apagar

And let go of what I've done
E esquecer o que eu fiz  (não, não vou deixar esquecido.  E acredito na justiça divina)

For what I've done
Pelo que eu fiz

I'll start again
Eu recomeçarei  (sim, recomeçaram)

And whatever thing may come
E, qualquer coisa que venha, aconteça o que acontecer

Today this ends
Hoje isso acaba.   (mentiu para si próprio)

And let go of what I've done.
E esquecer o que eu fiz   (existe uma instância mental chamada consciência, ela não perdoa)


For what I've done
Pelo que eu fiz

I'll start again   (sim, você sempre vai matar)
Eu recomeçarei

And whatever thing may come  (outra guerra, mais vidas estraçalhadas)
E qualquer coisa que venha, aconteça o que acontecer

Today this ends  (mentiu para si mesmo)
Hoje isso acaba.

I'm forgiving what I've done  (eu não, eu não)
Eu estou me perdoando pelo que fiz.


I'll face myself   (sim, sei que tem coragem e ainda gosta)
Eu vou me encarar

To cross out what I've become  (da justiça divina não vai fugir não)
Para eliminar o que eu me tornei

Erase myself  (não vai conseguir, não conseguiu)
Me apagar

And let go of what I've done  (a justiça tarda mas não falha)
E deixar ir o que eu fiz.


What I've done
O que eu fiz


Forgiving what I've done
Perdoando o que eu fiz.      (autocomplacente, a justiça divina.... lembre-se dela)









segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eu resolvi retirar a música

Retirei a música e menção ao nome dela.

Acredito que aquela é uma das mais nojentas formas de se difundir a drogadicção.

Puxa vida!

Não dá para levar a sério DEMAIS as coisas na vida... acabo de descobrir que a música 'que estava aqui e eu sumi com ela' não é o que eu pensava, não é sobre as profundas águas do inconsciente em que estamos mergulhados quando nosso subconsciente não dá mais conta do recado, etc., etc.,... e aparece um amigo.

Existem duas interpretações, ou análises, do que estaria ocorrendo com a garota, na letra:

1 - um convite para uma viagem de heroína;

2 - uma brincadeira que o autor fez com a namorada que teria se desesperado ao encontrar fios de cabelos brancos.


Tanto uma quanto a outra me desencantaram do conteúdo da música da década de 1970.

Tanto uma quanto a outra me deslocaram daquele ponto dramático em que ficamos quando em profundo desconcerto e tristeza.  Consegui sair do buraco do meu umbigo, em que andava mergulhada.... meio zonza e inteira.

Caso não saiba, acho que drogas são uma droga (não posso usar um ótimo palavrão que conheço) e que cabelos brancos são fonte de orgulho de estarmos sobrevivendo, sobrevivendo a vida.

Caso alguém acredite que devo apagar, apago a música.

Talvez eu resolva apagar, daqui a pouco.  Resolvi e apaguei.

domingo, 15 de agosto de 2010

Paciência

de Lenine


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para.

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara.

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de  nós
Um pouco mais de paciência.

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber ?
A vida é tão rara... tão rara.

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para.... a vida não para não.

Será que é tempo que falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem saber?
A vida é tão rara... tão rara.

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei.
A vida é tão rara... a vida é tão rara.... a vida é tão rara...

Paciência, versão acústica