quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um VIVA! à masculinidade

A minha proposta inicial, com este blog, era me colocar como documento dos vários momentos que a sociedade atravessava e atravessa, era refletir, dentro das minhas características pessoais, o reflexo da sociedade em mim. 

É minha forma, pouco letrada, do autoral, sou rudimentar mas só me lê quem quiser.

Sem entrar nos detalhes afetivo-sexuais de minha vida particular, vou tentar explicar o que se passa agora, neste momento, comigo, e que eu chamo de crítica ao feminismo.

Como muitas paulistanas, eu fui educada, treinada, amestrada, para o trabalho remunerado e digno fora de casa.  Por ter sido criada por uma dona de casa, que viveu em um tempo de crítica feroz ao seu trabalho, o desastre se deu, aconteceu. 

Eu faço parte da geração que não entende se existem, ou não, papéis, de gênero, que possam ser assumidos.  Somos categóricas em afirmar nossa capacidade intelectual de produzir qualquer coisa, em qualquer tempo, em qualquer lugar, quando nos der vontade.

Eu faço parte da geração que se perdeu de si mesma em nome de alguma coisa nebulosa chamada auto-afirmação feminina, como adolescentes que se libertam dos pais.

Nestes dias de guerra eleitoral, tenho observado o comportamento quase caricatural das pessoas, nos vários incidentes surgidos durante a campanha e descobri, aliviada, por um lado, o porquê da predominância masculina em nossa sociedade.

Não é machista, é masculina, as feministas rudimentares estão negando aos homens o direito de serem masculinos, através de um jogo cruel de palavras e torneios de racionalidades.  Estamos criando homens emasculados, que têm que reagir, sim, a essa tentativa.

Não é porque aceitamos ser jogadas no mundo desprotegidas e assumimos o desafio de dar a cara para o tapa da mão pesada, que deixamos de ser mulheres mulheres e que existem, sim, homens homens (aqueles que ainda podem respeitar mulheres).

Da mesma forma que descubro, aos cinquenta anos, que não só posso, como devo, recuar diante de determinadas situações em que os homens se saem melhor do que eu, acredito que devo fazer este alerta: cuidado mulheres, com seus filhos homens.  Eles não são bonecos rústicos que devam ser moldados a força de martelo para ficarem sensíveis!


Essa mulher, com Elis Regina

Essa mulher, com Maria Rita

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