sábado, 17 de julho de 2010

desonestidade intelectual e cultural

Acabo de sair de uma experiencia dolorida.  Foi a descoberta de que uma pessoa que se manifesta como democrata e não é democrata, que gostaria de ser criativa e aparentava ser criativa não o é, que se autoproclama intelectual não o é, que tem por obrigação cumprir princípios éticos básicos não hesitou em usar minha sensibilidade pessoal para tentar me calar, não antes de ter se aproveitado de ideias minhas.

Já tinha ouvido falar das limitações pessoais e emocionais de quem se dedica a um trabalho exaustivo de reflexão, eu nunca havia topado com uma dessas pessoas que amputaram sua sensibilidade para mimetizar um trabalho. 

Antes de descobrir que sou menos medíocre do que eu acreditava, eu destruí os textos anteriores. 

Eu, durante a madrugada do dia 15, fui em editar postagens e apaguei, uma a uma, incluindo os poucos comentários.  Eu vivia, naquela hora, uma das minhas mais profundas crises de identidade, provocada por um fake.  Não um fake orkutiano, mas um fake na vida.

Antes de descobrir que eu havia estourado uma bolha presunçosa, destruí meu trabalho.

Como em todas cirurgias primitivas, ficaram cicatrizes.

Para aqueles que detestam a mim por terem uma visão equivocada de humanidade, de talento e de si mesmos, uma prova de sua inconsequencia e irresponsabilidade.  Que ela arda em sua consciência.

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