domingo, 18 de julho de 2010

a força liberadora do palavrão

É estranho como o machismo existente é tão entranhado que, mesmo que tentemos nos livrar dele, é uma expressão agressiva e violenta para as mulheres, para o ato do gestar e parir, que nos vem à mente ao querermos ofender alguém.

A expressão sugere que a mãe educou um canalha, mas, para lembrá-lo disso, xingamos a mãe.

Felizmente esses clichês e expressões prontinhas são úteis até para nos servir de guia, para podermos simular o comportamento que supostamente teria assumido a mãe do canalha. 

Mas um canalha, cafajeste, sabe que é um proxeneta, também.

Ser limitado à convivência com o masculino, reproduz sua mentalidade misógina, são aqueles homens que transam com mulheres mas não gostam de mulheres.  São aqueles que se perguntam: ' afinal, o que querem as mulheres?'

Ficam na pergunta, paralisados pela sem vontade.  Preguiçosos.

Recorrem à violência para recusar o totalmente outro, o que não é o mesmo, o que lhes lança no mar incógnito.

Ligados aos rapapés, formalidades e sinais exteriores que lhe facilitem a etiqueta a ser posta no ser que não é o si mesmo clonado, são pobres, só têm duas.  Ou é a da santa mãezinha que desqualificam com seu comportamento ou é aquela que foi feita para ser usada e não tem, sequer, cérebro e voz.

Nestas horas gostaria de ser psicanalista e ter o repertório adequado, entretanto, eu acredito que quando a gente se liberta, a gente é livre, não importa se não lhe reconhecem esse status.  A gente é livre e ponto, simples assim.

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